PF entra no caso sobre as manchas de óleo, mas praias estão livres para uso
Foto: Instituto Tartarugas do Delta
A Polícia Federal (PF) instaurou inquérito para apurar a origem da "substância de aspecto oleoso" que apareceu em diversas praias nordestinas, inclusive no Piauí, desde o mês de setembro. A investigação busca identificar possível crime ambiental no nordeste brasileiro.
"A ação foi tomada tão logo surgiram as primeiras informações, na imprensa nacional, sobre o fato; bem como sobre a possibilidade da ocorrência de eventual dano ambiental de grandes proporções na região", informou a PF em nota, ressaltando que as "investigações estão concentradas na Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte".
O comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos, informou ao Cidadeverde.com que as primeiras manchas de óleo no Piauí foram identificadas na Praia do Arrombado no dia 27 de setembro. E, um dia após essa data, manchas já foram localizadas na Praia da Lama em Cajueiro da Praia. No dia 30 de setembro, o material foi recolhido nas praias Peito de Moça, Atalaia, Pedra do Sal e Coqueiro.
"Foram seis os locais (até agora) que apareceram manchas de óleo. O procedimento padrão é enviar equipes de inspeção naval e de peritos para fazer o registro fotográfico e analise dos danos, além de recolher as amostras para que sejam enviadas ao Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira".
"Nós estamos acompanhando esse caso com bastante atenção, concentrando todos os esforços para descobrir a origem desse óleo, que ainda é desconhecida. Nas análises preliminares demonstraram que é um derivado de petróleo cru", disse o capitão.
Praias livres para uso
O novo superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Piauí, San Martin Linhares, declarou nesta quinta (03) que mesmo com a presença do material relacionado ao petróleo cru no litoral piauiense, as praias estão liberadas para uso humano porque, até o momento, não há nenhuma restrição para que as pessoas evitem o local.
"(Esse material) não é grave e tamanho suficientes para que possamos fazer esse tipo de recomendação. As praias estão em perfeito estado. São manchas pontuais e específicas em apenas algumas praias. Então, as praias do Piauí continuam bonitas, naturais e saudáveis como sempre foram".
"O Ibama está investigando o caso e recolhendo todo o material que está aparecendo nas praias do litoral piauiense. O alerta continua para que os órgãos fiscalizadores e de proteção ambiental possam minimizar os riscos da poluição marítima", relatou o superintendente.
O recolhimento e a investigação sobre a origem do material também acontecem em parceria com o Corpo de Bombeiros e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
"Estamos recolhendo e enviando para o Ibama Nacional, pois eles possuem laboratórios e profissionais experientes e capazes para diagnosticar a origem desse material e de onde ele veio. Não apenas o estado do Piauí, mas o Nordeste inteiro está recebendo esse tipo de material", disse Linhares.
Linhares ressaltou que o Ibama também está trabalhando com a prevenção. "Antes que chegue algo que afete muito mais as nossas praias e o nosso bioma, estamos trabalhando para que - caso chegue em uma situação de maior dificuldade - o Ibama esteja pronto e habito para atuar na preservação, especialmente dos peixes e animais marinhos".
"(Esse material) não é grave e tamanho suficientes para que possamos fazer esse tipo de recomendação. As praias estão em perfeito estado. São manchas pontuais e específicas em apenas algumas praias. Então, as praias do Piauí continuam bonitas, naturais e saudáveis como sempre foram".
Carlienne Carpaso
carliene@cidadeverde.com
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