Caminhões atolam em rodovia no Sul do Piauí e produtores relatam prejuízo
Caminhões atolam em rodovia e produtores reclamam de prejuízo (Foto: Divulgação/ Associação dos produtores de soja)
O excesso de chuvas e falta de manutenção em rodovias têm feito com que caminhoneiros que trabalham com o transporte da safra de grãos passem dias atolados na região Sul do Piauí. Segundo Diretor Executivo da Associação dos produtores de soja, Rafael Maschio, alguns trechos estão intrafegáveis e o escoamento está sendo prejudicado, pois algumas transportadoras estão recusando frete devido às condições precárias das estradas.
“A rodovia 397 que juntamente com a PI-392 que liga o município de Bom Jesus a Baixa Grande do Ribeiro são responsáveis por atender boa parte do cerrado piauiense e estão intrafegáveis. Há muitos trechos de atoleiros e caminhoneiros ficam parados e só saem com ajuda de reboque ou trator”, revelou o diretor.
Segundo os produtores, muitas vezes os grãos não chegam a deixar a lavoura, pois os produtores não encontram caminhões para fazer o transporte até os armazéns, que ficam na cidade.
“Transportadoras de grãos não querem atuar na região devido à situação precária da rodovia. Os custos de frente são elevados e em alguns casos inviabilizando o escoamento da produção agrícola do cerrado”, lamentou.
O diretor da associação lamenta a situação, que segundo ele é recorrente. Rafael diz que a produção de grãos este ano será superior a 3,5 milhões de toneladas.
O cooordenador das câmaras setoriais do Estado, Sérgio Vilela, informou que a obra dos transcerrados está suspensa e deve ser retomada quando os recursos do empréstimo contraído junto à Caixa Econômica Federal forem disponibilizados novamente. Isso porque a Justiça Federal proibiu novas transferências financeiras entre a Caixa Econômica Federal (CEF) e o governo do Piauí, após auditoria feita pelo Tribunal de Contas do Estado.
A operação de crédito do Estado com a Caixa foi assinada no ano passado, no valor de R$ 600 milhões. O Estado recebeu R$ 307 milhões referentes à primeira parcela e teria desviado os recursos, conforme TCE.
Fonte: G1 PI
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